Quando ninguém mais apostava no metaverso, a Apple resolveu surgir com um novo dispositivo flertando com esse conceito: o Vision Pro, um headset de realidade mista. Apesar disso, o CEO da empresa, Tim Cook, evitou o termo durante a apresentação do produto nesta semana.
O Vision Pro tem um formato que remete diretamente aos óculos de realidade virtual, mas funciona de forma um pouco diferente. A ideia do aparelho é misturar os diferentes ambientes online com o mundo ao redor. Ele é controlado usando uma combinação de mãos, olhos e voz.
Vai atender uma chamada de vídeo? Faça um gesto e abra uma janela virtual dentro de seu próprio quarto. Bateu a vontade de ver um filme? Abra um telão virtual em uma das paredes de sua sala de estar.
Se ficou confuso, basta lembrar do jogo Pokémon GO, lançado pela Nintendo em 2016. A diferença aqui é que a imagem virtual não se parte de um celular, mas de uma tecnologia “vestível”.
Esse é, inclusive, um termo mais próximo da imagem que a empresa prefere se associar. Dado o fracasso do metaverso, a Apple está usando o termo “computador espacial” para se descolar da realidade virtual.
Talvez isso explique também a grande diferença de preço em relação aos concorrentes. Os óculos para metaverso de Mark Zuckerberg, o Quest, chegou ao mercado americano na semana passada com preço de 449 dólares (cerca R$ 2,2 mil na conversão atual). Já o correspondente da Maçã custará nada menos que 3.499 dólares (mais ou menos R$ 17,2 mil). A previsão para o mercado brasileiro é de lançamento em 2024. Pelo site americano dá para solicitar notificação quando o aparelho for lançado.
A empresa, porém, já conseguiu se sobressair em outros momentos com tecnologias vestíveis. Basta lembrar do Apple Watch, lançado em 2015 e que virou tendência ao adicionar recursos para monitoramento de saúde, pagamentos e interação com celular. No ano seguinte, anunciava seus primeiros fones de ouvido com conexão Bluetooth, os AirPods, que facilitaram a vida de quem se embolava com os fios.
Disponível em 6 cores
Apple Watch Series 8
O aparelho conta com sensor de temperatura, avisando o usuário quando algo não estiver normal no corpo. O recurso também ajuda a mulher a controlar o ciclo menstrual. Além disso, faz medições de pulsação, oxigenação de sangue e eletrocardiograma, se tornando uma central médica em seu pulso. Também tem sensor de acidente.Com áudio espacial
AirPods (3ª geração)
Atualização mais recente dos AirPods, permite conexão e carregamento sem fio, ativação de voz “E aí, Siri”, detecção automática de uso, EQ adaptativo (som equalizado para seu formato de orelha) e, o que mais chama atenção nesta versão, áudio espacial com rastreamento dinâmico de cabeça.Confira também: Smartwatch: ideal para pessoas superconectadas e esportistas
Outro destaque mais recente foram os chips M1 – e, logo depois, M2 – que aceleraram os processos de CPU e GPU, além de permitir um desempenho melhor no aprendizado de máquina de seus computadores, iMacs e MacBooks. O processador i9, da Intel, ainda é um concorrente forte em determinados pontos, mas os chips da Apple conseguem bater de frente com praticamente todos os outros no mercado.
Notebook mais recente da Apple
MacBook Pro M2
Máquina vem equipada com versão mais recente do chip exclusivo da Apple, o M2. Sua velocidade impressiona, realizando tarefas muito mais rápido que a maioria dos concorrentes, graças à CPU de 8 núcleos, GPU de 10 núcleos e até 24 GB de memória unificada. Bateria promete duração de até 20h. Pode decepcionar quem busca por armazenamento, já que só oferece opções de 256MB e 512MB no SSD.Confira também: Mais velocidade ou maior armazenamento? Confira dicas para comprar seu notebook
Apesar da grande lista de acertos, a empresa também tem fracassos famosos, como Macintosh TV, AirPower e Pippin – ou mesmo erros mais básicos, como seus cabos carregadores extremamente frágeis. O Vision Pro aguarda para saber em qual lado estará.
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Crédito da foto de destaque: Divulgação
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