A vida toda cabe no celular. E a parte financeira da vida que o aparelho guarda tem preocupado os usuários diante do aumento de roubos e das possibilidades que os fraudadores têm quando conseguem acesso ao dispositivo. Ainda que os smartphones ofereçam diversas opções de segurança, o “celular do pix”, comprado para ser deixado em casa com todos os apps bancários instalados, parece dar mais tranquilidade para as pessoas no dia a dia.
Com isso em mente, a prioridade para a compra é o menor preço, desde que se garantam a funcionalidade e a capacidade de atualização de sistema necessárias à função. A seguir, confira opções de aparelhos baratos, mas que não vão deixar ninguém na mão na hora de fazer um PIX, consultar o saldo de sua conta ou, até mesmo, fazer um investimento pelo celular.
Smartphone Motorola
Smartphone Motorola Moto E20
O Moto E20 é um celular básico, sem muitas complicações, e que se destaca por algo essencial: custo-benefício. Encontrado por preços em torno de R$ 1 mil na Magalu e na Amazon,além das Americanas, o aparelho conta com acabamento em plástico, mas não deixa de ser bonito e confortável. Muito disso por causa de pequenos desenhos em formato de colmeia na sua traseira, que dão ao produto um charme inesperado. A tela tem 6,5 polegadas, resolução HD+ e painel LCD de 60 Hz. Ou seja: não é um celular para andar na rua, já que o brilho deixa a desejar.
Mas fique tranquilo: ele vai servir para seus aplicativos de banco sem quaisquer problemas. A bateria de 4.000 mAh faz com que, com pouco uso, não seja necessário ficar carregando o celular o tempo todo – algo essencial para quem vai checar a conta só de vez em quando e não quer ficar lembrando de carregá-lo. A memória RAM é pouca, de apenas 2 GB. Então nem pense em usar esse aparelho para tarefas mais complexas ou aplicativos mais pesados. É para o básico mesmo: abrir a conta de banco, fazer um PIX e nada mais.
Por fim, o software não deve dar dor de cabeça. O Moto E20 vem com Android 11 em sua versão Go – mais enxuto e consumindo menos da memória RAM e de armazenamento, no caso um total de apenas 32 GB. Esse software enxuto garante a fluidez do celular, mas cuidado: com essa versão, não dá para usufruir de alguns recursos tradicionais mais pesados do Android, como o uso de dois apps ao mesmo tempo em tela dividida ou instalar widgets na tela inicial.
Smartphone LG
Smartphone LG K41s
Outro aparelho interessante para quem quer um “celular do PIX” é o LG K41s. Linha intermediária da fabricante coreana, o aparelho, vendido por preço que varia de R$ 850 a R$ 1.000, nas Americanas e no Magazine Luiza, conta com alguns recursos mais interessantes do que o Moto E20. Ainda que o visual seja um tanto quanto banal, com plástico recobrindo todo o corpo do aparelho de 6.55 polegadas, a tela é boa: o LCD faz com que as cores sejam mais vibrantes e a tela de 60 Hz, apesar de fraquinha, surpreende pelo brilho decente.
Mas, como estamos falando de celulares para ficar em casa, vamos ao que interessa. Em questão de bateria, o aparelho traz uma de 4000 mAh, com boa autonomia de conversação, de 480 minutos, e 100 horas em standby. Ou seja: sem grandes preocupações para quem não quer ficar plugado à tomada. Internamente, o LG K41s traz um Helio P22, chip básico que serve apenas funções básicas. Não espere multifunção ou coisas do tipo. É abrir o app do seu banco, fazer o que precisa e nada mais. A memória RAM tímida, de apenas 3 GB, confirma essa limitação de uso no dia a dia.
Uma pena, porém, que o aparelho da LG esteja atrás dos concorrentes em termos de software. O K41S vem com um decepcionante Android 9 Pie na caixa, seguindo a velha tendência da fabricante sul-coreana de ser uma das últimas (senão a derradeira, de fato) a fazer atualizações de sistema operacional. Por isso, é sempre bom checar se o app do seu banco aceita versões mais antigas do Android. Afinal, em alguns casos, instituições financeiras descontinuam seus serviços em sistemas antigos para evitar problemas grosseiros de segurança.
Smartphone Samsung
Smartphone Samsung Galaxy A03s
Dentro da linha Galaxy, o A03s é um dos mais básicos. Disponível na Magalu, na Amazon e nas Americanas, com preços próximos dos R$ 1.000, o aparelho apresenta o que todo mundo espera de um celular da Samsung. O design é simples e descomplicado, com um detalhe: a inclusão de leitor biométrico integrado ao botão de energia na lateral direita, diminuindo a quantidade de quebras na superfície. Não é um botão realmente ágil, mas facilita todo o desbloqueio.
Lamenta-se, porém, que não tenha suporte a Wi-Fi AC para redes de 5 GHz e nem NFC, ficando apenas no Bluetooth 5.0. Isso consolida o aparelho nessa gama de celulares bem básicos.
Em termos de operação, porém, tudo é simples e funcional: a PLS LCD de 6,5 polegadas, com resolução HD+, apresenta brilho e contraste razoáveis, servindo mesmo para usar dentro de casa. A parte sonora ruim, com uma única saída de som na parte inferior desse aparelho, apenas confirma que não é um smartphone para ouvir músicas, assistir a vídeos ou coisas do tipo. Serve para as coisas simples, sem causar dor de cabeça na atividade básica.
Contém, porém, algumas boas características: o aparelho é o melhor em termos de memória RAM (4 GB) e de bateria (5.000 mAh). e carrega na alma o Android 11. Mesmo com tantas simplificações em sua estrutura interna, acaba trazendo boas configurações em seu software. Tudo funciona bem e até mesmo aplicativos financeiros mais pesados, como apps de investimento, devem rodar sem grandes preocupações no uso de rotina doméstica.
Smartphone Xiaomi
Smartphone Xiaomi Redmi 9A
O aparelho, encontrado por preços a partir dos R$ 750 na Magalu e na Amazon, é o básico do básico da fabricante chinesa Xiaomi. Feito de plástico, ainda que com uma textura que dá conforto à pegada na traseira, o Redmi 9A não conta com qualquer função mais complexa: não tem leitor de digitais, nem Wi-Fi 5 GHz e muito menos giroscópio ou bússola. Esses são os sacrifícios que a Xiaomi faz para que o aparelho seja vendido pelo baixo preço.
A tela é de 6,5 polegadas com resolução HD+ e painel IPS LCD. O brilho não é muito bom, reforçando a ideia de uso doméstico do aparelho – se ficar difícil de enxergar, pelo menos o nível de contraste pode ajudar a entender o que tem na tela. Mas há uma boa notícia no meio disso tudo: o Redmi 9A tem uma boa definição de cores, com as temperaturas ideais, sem exagerar em qualquer tonalidade. Isso torna a navegação um pouco mais agradável.
A bateria também é uma boa surpresa. Apesar de todas as dificuldades dos dispositivos internos do aparelho, ele conta com uma bateria de 5000 mAh. Dá para usar o celular o dia todo sem precisar colocá-lo na tomada. Como aqui o caso é de uso esporádico, não produz nesse aspecto nenhuma dor de cabeça. Por causa dos poucos recursos, não há muito gasto de energia e a bateria dura por até uma semana. O único senão é que demora pra carregar: quase 3 horas.
Claro que também deixa a desejar em termos de processamento, com apenas 2 GB e memória de 32 GB. Sai da caixa com Android 10 e MIUI 12, o que lhe dá boas credenciais para atender como o “celular de PIX”.